terça-feira, 27 de abril de 2010

Voltei a falar...

A muito tempo venho criticando as coisas que acontecem no Fla. Diria que falo como se fosse o dono da verdade, mas sabemos que não sou, nem ninguém será.
O grande barato do futebol é esse dinamismo que faz com que uma idéia não prevaleça, mas muitas se completem. Existe uma magia nisso, que é olharmos os resultados dia após dia de um time, de uma camisa, de um clube.
Algo orgânico, remetendo-nos a nos mesmos. Afinal, como seres humanos racionais não somos assim? Repletos de mudanças no decorrer da vida?
O problema é quando as mudanças ocorrem, mas os resultados positivos não surgem devido à inépcia de líderes, que não conseguem aprender com os erros observados. Ou nem têm capacidade de observar erros até...
Eu sempre defendi aqui a utilização de verdadeiros rubro negros no comando do meu Flamengo.
Andrade, Adílio, Nunes, Tita... Quem sabe um dia o Zico e o Junior?
Ou alguém duvida de que estes senhores estariam interessados em usar o clube em benefício próprio?
Ali existia um amálgama de superior qualidade que os unia junto à torcida numa sinergia que resultava em títulos e felicidade, sem contar o futebol maravilhoso que sempre apresentavam em campo. E o respaldo fora dele? Domingos Bosco, Claudio Coutinho e Marcio Braga (em seus áureos tempos de dirigente, quando ainda era Mengão, interessado em títulos e não em política!).
Voltando ao assunte de hoje.
Rogério Lourenço!!! Um bom zagueiro que tivemos ao final dos oitenta, se não me engano formava uma boa zaga com Gélson Baresi. Sempre foi rubro negro, e até então fazia um bom trabalho nas bases, respaldado por Adílio e Andrade. ultimamente vinha sendo auxiliar do Tromba, mas... Eis a questão!
Reparem que o nosso grande Tromba não utilizava muitos moleques das origens, porque?
Pelo mesmo motivo que acabou demitido. Não sabia ousar! Nunca soube. E, tenho certeza, se conseguiu desenvolver um esquema que foi campeão, sem dúvidas foi porque abriu os ouvidos a algunas idéias lançadas pelos seus auxiliares e amigos contemporâneos. Não que não tenha tido mérito, mas o mérito foi saber entender essa característica de difrentes idéias de quem ama o mengo e quer vê-lo jogando o fino.
Agora nos resta ver o que o Lourenço vai inventar e se sabe trabalhar na pressão absoluta que é o caldeirão da Gávea.
Vamos torcer para que ele seja mais um de uma geração iluminada, daquelas que sempre nos trouxeram títulos nas horas mais difíceis, como Carpegiani, Carlinhos e... O próprio Tromba, que acaba de dar lugar a este aí...


Em tempo:
Houvessem menos orgulho e interesse pessoal na história, eu apostaria numa comissão técnica só com essa galera, e no conseguinte retorno do Andrade. Imaginem uma equipe de treinadores formada por Adílio, Andrade, Rogério (ahhh... o falecido Zé Grandão...), e outros que frequentam a Gávea com amor ao futebol?
Melhor ainda... Com Zico e Júnior na batuta disso tudo?


Quem sabe um dia...
Saudações e Paz!